Em algum dia da semana passada, não me lembro exatamente qual, aconteceram várias coisas aparentemente sem importância, mas que o definiram como um dos dias mais reveladores do ano até agora. É a mais pura verdade quando dizem que, para conhecer o bom, a pessoa deve primeiro provar o ruim. A analogia estende-se também ao sucesso e ao fracasso, claro, e em muitos casos pode ser vislumbrada em muitos aspectos de nossas vidas. Mais uma vez tive uma amostra disso neste dia, depois de passar raiva durante toda uma tarde. Apanhei como um condenado de uma simples formatação aplicada a um documento HTML, pois não conseguia fazer a foto ser impressa da mesma forma que era mostrada na tela do browser.
A iluminação veio quando, perdido em meio aos resultados de várias pesquisas do Google, dei de cara com algumas páginas que enalteciam o uso da tag <div> no lugar da tag <table> na estruturação de páginas web. Pude vislumbrar uma página inteira, extremamente complexa e feita sem uma tabela sequer, e fiquei ainda mais encafifado com o que ainda estava fora do meu alcance como aprendiz autodidata. Quase soquei o computador, mais ou menos como costumava fazer com a televisão ao não conseguir passar de fase nos jogos de vídeo-game durante minha adolescência (hum, deu uma vontade de jogar Battletoads agora...). A iluminação veio sob a forma da propriedade CSS float, que me abriu um novo horizonte não só em relação ao problema com o qual estava lidando, mas também a toda a filosofia dos trabalhos que tenho feito até agora.
Na noite do mesmo dia, acabei encontrando vários conhecidos enquanto fazia compras no supermercado. Um deles foi meu ex-professor de guitarra, que já há algum tempo abandonou a escola de música, vendeu todos os seus instrumentos e dedica-se agora exclusivamente a tocar na igreja. Conversando sobre nossos passados nos últimos três anos e também sobre nossos planos para o futuro, recebi um sopro a mais de ânimo para levar a cabo o projeto que tenho para realizar no próximo mês, quando finalmente vou poder tirar umas férias.
Chegando em casa comecei a escrever este post, ao som da trilha sonora de adolescência e faculdade no volume 24, pelo menos até baterem as 10 da noite e o toque de recolher ser declarado no condomínio. Digging the Grave, Ashes to Ashes, Evidence, Stripsearch... Ah, revigorante é pouco! O rock de hoje em dia me confunde pela pobreza musical e de atitude e, como a revista Bizz foi pro saco há tempos e eu não assisto mais MTV há séculos, estou completamente por fora do que é lançado ultimamente. Só há uns dois dias atrás fui descobrir como se chama uma das únicas canções que me atraíram no rádio ultimamente, uma tal de Look What You've Done, de uma banda chamada Jet (pelo menos foi o que eu entendi do inglês barroco do locutor). Foi a última música que tocou antes da Voz do Brasil começar.
O dia foi encerrado com espetinho de filé com bacon (ótimo), e com companhia melhor ainda. Separei o livro do Charles Chaplin, Minha Vida, para ver se terminava de lê-lo em no máximo uma semana, mas ainda nem toquei no dito cujo.
Em off, para registro técnico apenas: Descobri porque em algumas páginas deste site estava aparecendo uma incômoda barra de rolagem horizontal, mesmo onde isso não deveria acontecer. Aparentemente, a presença de texto em itálico passando de uma linha a outra causava a anomalia. Consegui corrigi-la colocando todo o conteúdo da tag <body> dentro de uma tag <div> com estilo width igual a 99.7%. A diferença de visualização é mínima, mas a barra desapareceu de uma vez por todas! Última nota: ainda não estou usando a declaração DOCTYPE, que estranhamente também cria a malfadada barra de rolagem horizontal, mas vou ver se consigo me informar mais a respeito de como ela funciona.
Texto postado por Kollision em 7/Março/2005