Visto no cinema em 4-OUT-2008, Sábado, sala Moviecom 1 do Rondon Plaza Shopping
Primeiro: Zohan é uma paródia sem amarras do conflito entre israelenses e palestinos e, como tal, não deve ser levado a sério. Segundo: Zohan, o personagem, é invencível, e ninguém, absolutamente ninguém, se mete com Zohan. Isso é levado ao extremo do exagero, e a única coisa que afeta o super-agente israelense que forja a própria morte para ir para os Estados Unidos perseguir seu sonho é exatamente isso: seu sonho. O de ser um cabeleireiro e deixar o cabelo das pessoas "macio como seda" (silky smooth). De um início espetacular, o filme infelizmente passa para um meio apelativo demais (o salão onde Zohan trabalha é transformado em prostíbulo para idosos e todo mundo age como se fosse a coisa mais normal do mundo) e um trecho final que tenta juntar Israel e Palestina em meio ao duelo entre Zohan e seu arqui-inimigo palestino Phantom (John Turturro). No início, Turturro é retratado como um bandido procurado da pior espécie, para depois aparecer como herói de seu povo... Haveria aí algo propositalmente refletindo a natureza da realidade? Independente do ponto de vista, a irregularidade narrativa praticamente destrói o que poderia ter sido, sob outras circunstâncias, o promissor início de uma grande franquia cômica.