Visto no cinema em 7-FEV-2013, Quinta-feira, sala 8 do Multiplex Pantanal
O Lado Bom da Vida (tradução sem pegada para um título original estúpido) é mais uma daquelas comédias românticas marcadas por personagens anormais, porém mais ao estilo de coisas como Embriagado de Amor que Melhor é Impossível. Tal qual o filme de Paul Thomas Anderson, este aqui está centrado num protagonista marcado por rompantes de violência (Bradley Cooper), neste caso provocados pela síndrome de transtorno bipolar. Recém-liberado da instituição onde está pela própria mãe (Jacki Weaver), o cara volta a viver com ela e o pai (Robert De Niro), um apostador que é também vítima de transtorno obsessivo-compulsivo. Obcecado em reatar a relação destruída com a ex-esposa, nosso heroi é incapaz de engatar a aproximação iniciada aos trancos e barrancos com uma também desajustada moça (Jennifer Lawrence) que recentemente perdeu o marido em condições trágicas. A tensão escancarada existente entre os dois e em relação aos demais personagens da trama conduz uma história que capitaliza um pouco sobre estereótipos e faz um crítica ferrenha à instituição conhecida como casamento. Dizem a maioria das fontes que a representação do transtorno bipolar é bem-feita. Pelo menos na primeira metade da história isso pode ser verdade, uma vez que ela se afunila para a comédia romântica convencional à medida em que o clímax se aproxima. Dá para se divertir, mas as honrarias nas indicações ao Oscar de 2013 soam um pouco exageradas.