Visto no cinema em 29-MAI-2007, Quinta-feira, no 15° Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, sala 8 do Multiplex Pantanal
Numa metrópole tão grande quanto São Paulo, a idéia de que a conexão entre as pessoas é algo utópico é combatida com uma certa reserva dentro do roteiro escrito pela própria Bruna Lombardi em O Signo da Cidade. Ela é a protagonista, uma astróloga que também tem um programa de rádio através do qual dá conselhos aos mais distintos ouvintes durante a madrugada. A natureza fútil de sua atividade é posta à prova quando uma tragédia acontece dentro de sua própria casa. E, em algum ponto ao longo da história, a miríade de personagens converge de alguma forma, direta ou indiretamente, para as conseqüências de suas atitudes. Com boa direção, elenco em sua maioria acertado e trilha sonora adequada, o filme prende a atenção sem muito esforço. Algumas situações ficam sem uma saída muito razoável (como na oração feita sobre o corpo de um homem baleado), e é uma pena que São Paulo pareça tão feia quando retratada pelo estilo boêmio e pela fotografia lúgubre, que não deixam a câmera capturar sequer um raio de sol durante todo o filme. O estilo lembra bastante o oscarizado Crash - No Limite, numa crônica conduzida com uma competência que surpreende.