Visto via Netflix em 17-DEZ-2020, Quinta-feira
É evidente a vontade dos produtores de fazer com que essa versão de Scooby-Doo seja fiel ao espírito do desenho animado no qual se baseia, pelo menos na caracterização visual dos personagens principais, os jovens membros da equipe de pretensos detetives que viajam numa van multicolorida: o galã Fred (Freddie Prinze Jr.), a donzela Daphne (Sarah Michelle Gellar), a nerd Velma (Linda Cardellini), o atrapalhado Salsicha (Matthew Lillard) e um dogue alemão falante chamado Scooby-Doo (gerado completamente por computador, com a voz de Neil Fanning). Separados por uma desavença interna, o grupo volta a se reunir quando todos são convocados pelo proprietário de um parque temático sinistro (Rowan Atkinson) para solucionar o mistério de porque os visitantes saem do lugar praticamente catatônicos. O exagero das situações é inversamente proporcional ao nível desejado do filme como comédia, com poucas passagens realmente dignas de nota – mais ou menos como o desenho, que sempre foi muito repetitivo e nunca teve lá muita graça mesmo. As poucas risadas ficam por conta das piadas feitas em cima da limitada inteligência do líder Fred, num dos aspectos que divergem claramente do desenho (assim como o terço final de cunho sobrenatural e, francamente, o fato de Velma ser visivelmente mais sexy que Daphne).
Apesar dos problemas o filme fez relativo sucesso com seu público-alvo, o que garantiu a realização da continuação Scooby-Doo 2 - Monstros à Solta, lançada em 2004.