Cinema

A Garota da Capa Vermelha

A Garota da Capa Vermelha
Título original: Red Riding Hood
Ano: 2011
País: Canadá, Estados Unidos
Duração: 100 min.
Gênero: Terror
Diretor: Catherine Hardwicke (Aos Treze, Os Reis de Dogtown, Crepúsculo)
Trilha Sonora: Brian Reitzell (Mais Estranho que a Ficção, 30 Dias de Noite), Alex Heffes (Rota de Fuga)
Elenco: Amanda Seyfried, Gary Oldman, Shiloh Fernandez, Max Irons, Billy Burke, Virginia Madsen, Lukas Haas, Julie Christie, Shauna Kain, Michael Hogan, Adrian Holmes, Cole Heppell, Christine Willes, Michael Shanks, Kacey Rohl
Avaliação: 4/10

Visto no cinema em 4-MAI-2011, Quarta-feira, sala Cinemais 4 do Shopping Três Américas

Transformar em filme de horror o conto da Chapeuzinho Vermelho é algo que faria mais sentido se estivéssemos falando de uma animação, mas quando o produto sai de Hollywood podemos esperar de tudo. A ideia original do conto é utilizada como mote para mais uma história de lobisomem, desta vez contada com tons whodunnit clássicos e marcada por um romance adolescente que se desenvolve num vilarejo medieval, de aspecto bastante próximo à estética burtoniana de A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça. Amanda Seyfried é a mocinha apaixonada cuja irmã é misteriosamente assassinada pelo lobisomem que assombra a vila há séculos, o que deflagra uma onda de medo entre os camponeses. Gary Oldman é o padre de métodos nada ortodoxos que chega para dar um fim à criatura, transformando todo mundo em suspeito até prova em contrário. Catherine Hardwicke esgota aqui a nossa reserva de paciência com relação a romances adolescentes de contornos fantásticos (ela fez o primeiro Crepúsculo). A diretora poderia ter se beneficiado de uma melhor escalação de elenco, pois enquanto um dos pretendentes da protagonista esbanja carisma (Max Irons), o outro não consegue um mínimo de química e praticamente afunda o romance (Shiloh Fernandez). O mistério sobre a identidade do lobo pelo menos não é estúpido, com uns sustos amarelos aqui e ali, mas talvez o que mais fique na mente da plateia é a passagem mais famosa do conto, encenada por Amanda Seyfried e um de seus companheiros de cena.