Visto via Netflix em 18-JAN-2014, Sábado
Situações rotineiras muitas vezes descambam para desastres graças à imbecilidade e à burrice do ser humano. Isso é fato. Quantas vezes vemos notícias de gente que se ferrou por causa de algo completamente estúpido? Pânico em Alto Mar, na realidade uma sequência direta para o superestimado Mar Aberto, é basicamente a encenação de um destes momentos e de suas consequências. Grupo de amigos que não se vêm há muito tempo se reencontra num iate para comemorar, e em meio à bebedeira todos acabam caindo na água mas ninguém se lembra de jogar a escada para voltar. O desespero vai vagarosamente se instalando à medida em que as tentativas de subir a bordo falham, e há ainda fatores agravantes como os podres escondidos da galera e o bebê de um dos casais abandonado dentro do barco. Alegadamente baseado em fatos reais, Pânico em Alto Mar não é tão ruim quanto parece. Apesar das decisões de alguns personagens não serem muito lógicas, a tensão é construída com competência e o diretor utiliza muito bem o pouco que lhe é concedido como cenário. O lado bom do desfecho é que a solução tardia encontrada para a situação faz sentido , mas o que vem a seguir é surreal demais para um trabalho tão direto e enxuto.