Quarto exemplar da série que foi a cara do horror dos anos 80, A Hora do Pesadelo 4 - O Mestre dos Sonhos novamente traz o bicho-papão Freddy Krueger assassinando adolescentes incautos em seus pesadelos. Desta vez quem assume o comando do show é Renny Harlin, um diretor de relativo peso. A curiosidade é que um dos roteiristas é Brian Helgeland, outro nome que viria a se projetar como diretor mais tarde em filmes como O Troco e Coração de Cavaleiro, por exemplo.
A história começa quando Kristen, a sobrevivente do filme anterior (Tuesday Knight, em papel que fôra de Patricia Arquette), passa a suspeitar que Freddy possa estar retornando para atormentar seus sonhos mais uma vez. Seus amigos Joey e Kincaid, também sobreviventes da investida anterior do assassino, não dão muita importância aos avisos da amiga, e acabam nas mãos de Freddy. Desesperada e incapaz de dormir novamente, Kristen tenta enfrentar o monstro com a ajuda da amiga Alice (Lisa Wilcox), que acaba de certa forma herdando e desenvolvendo os dons de Kristen, assumindo a tarefa de encarar Krueger e impedir sua carnificina onírica.
Com a figura de Freddy Krueger plenamente estabelecida no meio cinematográfico e entre os fãs do horror, Robert Englund ganhou aqui uma regalia: seu nome em primeiro lugar nos créditos iniciais. Pois é dele todo o show, e A Hora do Pesadelo não seria a mesma coisa sem sua personificação inimitável de sadismo e sarcasmo. A forma como o monstro é ressuscitado, dentro de um dos sonhos de suas vítimas, é ao mesmo tempo ridícula, hilária e simplesmente arrisca a credibilidade de todo o filme (se é que é possível referir-se a credibilidade num filme de Freddy Krueger)! Mas não é esse o caso, apesar desta cena em particular.
Em primeiro lugar, não é justo dizer que este exemplar é inferior ao anterior. De todas as continuações até então, é a que dosa com mais competência os efeitos especiais com ambientes que tentam suscitar algum suspense. Em outras palavras, o filme merece palmas simplesmente por manter uma continuidade razoável em relação à parte 3 e propiciar no mínimo um bom susto, de clima tétrico e aterrador. A história não se aprofunda na origem de Freddy, e concentra-se em documentar a matança dos amigos da personagem principal. Os efeitos especiais são os melhores da série até então, e entregam ótimos momentos, como a metamorfose de uma garota numa barata humana e o destino final de Freddy, coincidindo com o estabelecimento da nova heroína da série.
O filme foi seguido por A Hora do Pesadelo 5 - O Maior Horror de Freddy.
Infelizmente, o único extra do DVD é o trailer de cinema.
Texto postado por Kollision em 15/Agosto/2004