Cinema

A Hora do Pesadelo 5 - O Maior Horror de Freddy

A Hora do Pesadelo 5 - O Maior Horror de Freddy
Título original: A Nightmare on Elm Street 5 - The Dream Child
Ano: 1989
País: Estados Unidos
Duração: 90 min.
Gênero: Terror
Diretor: Stephen Hopkins (Predador 2 - A Caçada Continua, Uma Jogada do Destino, Contagem Regressiva)
Trilha Sonora: Jay Ferguson
Elenco: Robert Englund, Lisa Wilcox, Erika Anderson, Valorie Armstrong, Kelly Jo Minter, Michael Ashton, Beatrice Boepple, Matt Borlenghi, Noble Craig, E.R. Davies, Burr DeBenning, Beth DePatie, Will Egan, Stacey Elliott, Clarence Felder, Steven Grives, Danny Hassel, Whitby Hertford, Jennifer Honneus, Jake Jacobs, Annie Lamaje, Gerry Loew, Kara Marie, Roxanne Mayweather, Don Maxwell, John R. Murray, Marne Patterson, Cameron Perry, Joe Seely, Marc Siegler, Michael Bailey Smith
Distribuidora do DVD: Playarte
Avaliação: 4

Freddy Krueger chega ao seu quinto espetáculo, uma espécie de repetição exagerada dos três últimos filmes, comandada pelo diretor Stephen Hopkins. É aqui que os sinais de cansaço e desgaste da série começam a se tornar visíveis.

Lisa Wilcox retorna como a heroína Alice, a garota responsável pela derradeira derrocada do assassino no filme anterior. Ela e seu namorado (também um sobrevivente) estão felizes e planejam uma viagem após a formatura, mas a ameaça de Freddy insiste em atormentar suas vidas quando Alice começa a sonhar acordada. Vislumbrando o que parece ser o passado do monstro e presenciando seu estranho renascimento, só mais tarde é que Alice percebe que Freddy dominou os sonhos do filho que carrega no ventre. Krueger não consegue mais enfrentá-la, e começa a pegar seus amigos "através" dos devaneios do feto.

A premissa é difícil, e não consegue render um produto tão razoável (ainda que ruim) quanto as duas continuações anteriores. A origem de Freddy, mencionada na parte 3, é esmiuçada e se confunde com o seu renascimento por meio do filho de Alice. Afinal, Freddy nasceu um assassino ou tornou-se um depois de adulto? O fato de sua mãe, uma freira, ter sido estuprada por centenas de maníacos é motivo suficiente para o nascimento de um filho deformado e fadado a ser uma aberração? Aviso: não adianta muito tentar entender esse trecho do filme. De qualquer forma, o filho de Alice chega a aparecer para a mãe já crescido, num estranho refluxo temporal onírico que tenta inutilmente tornar os sonhos da personagem principal menos vazios. Os pesadelos, por sinal, possuem deixas forçadas demais. Parece que, quando o roteiro quer mostrar alguma artimanha de Freddy, basta pôr o pessoal para dormir. Cair no sono durante um jantar, diante de um monte de convidados? Cair no sono no volante, enquanto se dirige à casa da namorada após receber um telefonema desesperado seu? Isso não soa coerente nem aqui nem na China...

Até mesmo a maquiagem de Freddy destoa dos demais filmes, parecendo menos elaborada. Seu famoso chapéu sujo aparece pouco, e quase sempre ele age com a careca à mostra. E aqui, finalmente, Freddy assume completamente o seu lado palhaço, com tiradas e torturas absurdas de ridículas, carregadas de efeitos especiais de aspecto visual interessante mas desprovidas de impacto tétrico. O suspense é pouco, quase inexistente, mas alguns sinais de inspiração podem ser notados ao longo da película. Uma certa pose de Robert Englund, por exemplo, lembra muito o vampiro de Max Schreck no clássico Nosferatu, de 1922. E a cena da motocicleta humana remete vagamente ao Motoqueiro Fantasma, personagem de segundo escalão da Marvel Comics. Lisa Wilcox é uma graça e está bem em cena. Infelizmente, o mesmo não pode ser dito do resto do elenco.

O filme foi seguido por A Hora do Pesadelo 6 - Pesadelo Final: A Morte de Freddy.

O único extra do DVD é um teaser trailer do filme.

Texto postado por Kollision em 20/Agosto/2004