Visto no cinema em 27-MAI-2010, Quinta-feira, sala 1 do Multiplex Pantanal
Refilmar um trabalho como o clássico A Hora do Pesadelo sempre foi um risco enorme. Sair-se bem de tal empreitada era algo muito difícil, e depois de assistir a esta nova versão fica bem claro que ela chegou para engrossar a fileira de remakes inúteis, que nada acrescentam ao material original. O primeiro erro foi entregar a direção a um diretor de videoclipes de primeira viagem no cinema. O segundo erro foi fazer uma cópia-carbono que no máximo troca os nomes de alguns personagens para não passar muita vergonha. O terceiro foi fincar a sola no passado de Freddy Krueger (Jackie Earle Haley), que não deveria ter tanto de si revelado - isso era o que mantinha o mistério e a tensão no clássico dirigido por Wes Craven em 1984. A história não muda: na rua Elm, um grupo de adolescentes começa a ser assombrado em seus pesadelos pela figura de um flamenguista extremamente queimado com navalhas nos dedos. O problema é que se eles "morrem" nos sonhos eles também morrem na vida real. Jackie Haley não é mau ator, mas seu Freddy não consegue ser tão assustador ou repelente quanto o Freddy de Robert Englund. Na verdade, nem o elenco e nem as cenas de impacto, como a morte de Kris/Tina, conseguem fazer sombra ao que foi concebido há mais de 20 anos atrás com muito menos dinheiro e mais competência. A trilha sonora de Steve Jablosnky, por exemplo, só ganha vida quando emula timidamente as inesquecíveis linhas compostas por Charles Bernstein. Como eu disse, a responsabilidade era grande. Tomara que na nova e inevitável sequência as coisas melhorem.