Visto no cinema em 19-JAN-2011, Quarta-feira, sala 1 do Multiplex Pantanal
As provas contra uma mulher acusada de assassinato (Elizabeth Banks) são irrefutáveis, e ela se vê cada vez mais perto da prisão perpétua. Passado o choque inicial, seu marido (Russell Crowe), professor de uma escola comunitária, contempla a possibilidade antes irreal de tirá-la de dentro da prisão de segurança máxima, concebendo cuidadosamente um plano que tem pouquíssimas chances de ser bem-sucedido. O título 72 Horas faz alusão aos três dias que antecedem a execução deste plano. Dividido em dois grandes atos, o filme é uma mistura de drama e suspense que não se apressa em construir uma caracterização forte para os personagens e seus medos, fazendo questão de mostrar que o homem por trás do plano de fuga é um cara comum, e não um expert como dá a entender o trailer (a participação de Liam Neeson é absolutamente pontual). Crowe tem a credibilidade certa para encarnar o papel, já que consegue demonstrar uma determinação que nunca abandona a necessária vulnerabilidade que a história pede. A dúvida quanto à inocência de Elizabeth Banks nunca é completamente esclarecida até determinado ponto, o que dá uma dimensão a mais à cruzada do protagonista e aos atos de desespero que ele se propõe a realizar. Todo o elenco está ótimo, do moleque que faz o filho do casal aos policiais responsáveis por capturá-lo. É verdade que 72 Horas tem sua parcela de passagens mirabolantes, mas não cheguei a notar nada que ferisse a lógica de forma absurda. Dentro dos longas de perseguição recentes, o filme rende um sólido passatempo.