Visto no cinema em 31-AGO-2014, Domingo, sala Cinemark 2 do Shopping Goiabeiras
Partindo de uma premissa maluca que diz que seres humanos usam apenas 10% de sua capacidade cerebral, Lucy se apresenta como uma ficção científica algo derivativa, que assim como vários trabalhos do francês Luc Besson perde o gás à medida em que se aproxima do final. Scarlett Johanson encarna o papel-título, como uma moça sem futuro que se vê envolvida num complô de tráfico de drogas e é forçada a se tornar mula para uma droga poderosíssima que deve ser transportada do oriente para o ocidente. A merda acontece quando ela é agredida por capangas, o que faz estourar os bolsões de droga dentro do seu estômago e dispara o gatilho que começa a progressivamente aumentar sua inteligência. Após escapar ela busca a ajuda de um cientista (Morgan Freeman) cuja pesquisa pode ajudá-la a entender melhor o fenômeno pelo qual está passando. Apesar de ágil e de empregar efeitos especiais de forma não abusiva, o filme peca pela falta de ação mais vertiginosa e pelo ausência de um propósito que não seja o filosófico. A resposta à pergunta "para onde iríamos se pudéssemos usar toda nossa capacidade cerebral" termina sendo menos interessante que o questionamento em si. Muitas vezes os toques metafóricos proporcionados pelas breves inserções em meio à narrativa soam mais engraçados que solenes, e para cada referência ao clássico 2001 - Uma Odisseia no Espaço há uma cena que nos lembra quão rasa é a pretensão do cinema de Luc Besson.