Cinema

O Último Mestre do Ar

O Último Mestre do Ar
Título original: The Last Airbender
Ano: 2010
País: Estados Unidos
Duração: 103 min.
Gênero: Ação / Aventura
Diretor: M. Night Shyamalan (Depois da Terra, A Visita, Fragmentado)
Trilha Sonora: James Newton Howard (Salt, Amor e Outras Drogas, O Turista)
Elenco: Noah Ringer, Dev Patel, Nicola Peltz, Jackson Rathbone, Shaun Toub, Aasif Mandvi, Cliff Curtis, Seychelle Gabriel, Katharine Houghton, Francis Guinan, Damon Gupton, Summer Bishil, Randall Duk Kim, John D'Alonzo, Keong Sim
Avaliação: 6/10

Visto no cinema em 25-AGO-2010, Quarta-feira, sala Cinemais 2 do Shopping Três Américas

Baseado num desenho animado, O Último Mestre do Ar é teoricamente o primeiro de uma trilogia de filmes sobre um mundo fictício, em época indeterminada, onde apenas quatro nações dividem o espaço conhecido: os povos da Terra, do Ar, do Fogo e da Água. Algumas pessoas privilegiadas podem manipular estes elementos, no que poderia se comparar ao poder telecinético da X-Man Jean Grey. Porém, de tempos em tempos surge o tal do Avatar, ou seja, aquele que consegue manipular os quatro elementos ao mesmo tempo e tem a capacidade de se comunicar com o mundo espiritual. Desde o desaparecimento súbito do último Avatar o povo do Fogo tem feito uma guerra para dominar as outras nações, mas isso está prestes a acabar com o surgimento do garoto Aang (Noah Ringer), para todos os efeitos o Avatar reencarnado. Em seu encalço está Zuko (Dev Patel), o príncipe renegado da nação do Fogo, que auxiliado pelo tio (Shaun Toub) deseja capturá-lo para ser reaceito nos domínios do pai.

Massacrado pela crítica especializada, este novo trabalho de M. Night Shyamalan é uma aventura que tenta ser atemporal, sem público-alvo claramente definido, e essa é provavelmente sua maior falha. Shyamalan abraça com vontade os efeitos especiais (excelentes, por sinal), mas pena na direção de atores, não conseguindo extrair o melhor deles. A aventura em si é conduzida à moda antiga, o que destoa do ritmo frenético de filmes similares hoje em dia. Além disso, não se nota nenhuma preocupação em caracterizar os personagens secundários de forma mais aprofundada. O material original tem lá seu fascínio, mas é triste a perspectiva de que este filme trilhará a mesma sina de A Bússola de Ouro e Eragon, ambos inícios de trilogias que deram com os burros n'água.