Visto via Netflix em 22-MAR-2015, Domingo
Tudo foi feito de forma errada neste filme sem-vergonha que é na verdade uma cópia vagabunda de um dos primeiros trabalhos de Roger Corman, tendo se aproveitado do título de um conto de Júlio Verne e lançado diretamente para a TV. Não acreditem nas sinopses mentirosas de divulgação feitas somente para atrair os fãs da ficção científica pós-apocalíptica, que aqui serve de pontapé inicial para uma história enfadonha e estúpida. No tal ano do título a hecatombe nuclear varre a humanidade da face da Terra, mas um velhinho precavido (Neil Fletcher) dá um jeito de construir para si e para alguns sortudos sobreviventes um oásis em meio a montanhas do oeste norteamericano, onde eles podem se abrigar até a nuvem de radioatividade se dissipar. Um desses sobreviventes começa a apresentar uma estranha compulsão por carne fresca, enquanto uma criatura deformada permanece à espreita na densa floresta que cerca o lugar. Esqueçam qualquer indício de tecnologia de ponta na cenografia, já que na visão do diretor Larry Buchanan o futuro de 2889 é exatamente igual aos anos 60. Percam também a esperança de ver canibais mutantes em ação, pois o máximo de emoção que a história mostra vem de um vagabundo metido a estuprador e da maquiagem infeliz aplicada à criatura disforme, que mais parece uma mutação extrema do palhaço Bozo. É tudo tão ruim e infeliz que a atriz Charla Doherty, que faz o papel da filha do velhinho mandão, abandonou a carreira depois de completar este filme e jamais fez qualquer outro trabalho no cinema ou na TV.