Cinema

A Invenção de Hugo Cabret

A Invenção de Hugo Cabret
Título original: Hugo
Ano: 2011
País: Estados Unidos
Duração: 126 min.
Gênero: Drama
Diretor: Martin Scorsese (O Lobo de Wall Street, Silêncio [2016], O Irlandês)
Trilha Sonora: Howard Shore (Cosmópolis, O Hobbit - Uma Jornada Inesperada, Terapia Intensiva)
Elenco: Asa Butterfield, Ben Kingsley, Chloë Moretz, Sacha Baron Cohen, Ray Winstone, Emily Mortimer, Christopher Lee, Jude Law, Helen McCrory, Michael Stuhlbarg, Frances de la Tour, Richard Griffiths, Kevin Eldon
Avaliação: 8/10

Visto no cinema em 25-FEV-2012, Sábado, sala Cinemais 2 do Shopping Três Américas

Um moleque chamado Hugo Cabret (Asa Butterfield) vive sozinho na estação central de trens de Paris no início da década de 20. É ele quem vive dando corda nos relógios do lugar depois de ter perdido tanto o pai quanto o tio, que lhe ensinaram muito sobre o ofício. Sua obsessão é consertar um autômato resgatado pelo pai de um museu, mas para isso ele precisa surrupiar peças da lojinha de um velho ranzinza (Ben Kingsley). Tudo muda quando o guri conhece a neta do velho (Chloë Moretz), uma garota sonhadora que o ajudará a obter a última peça que ele precisa. Belissimamente filmado e audacioso no uso dos efeitos em 3D, A Invenção de Hugo Cabret é de uma grandiosidade nostálgica que fará a alegria dos aficionados por cinema antigo. É quase como uma declaração de amor de Martin Scorsese ao desenvolvimento da tecnologia aplicada ao cinema, desde seus primórdios (o segredo intermediário do filme) até os dias atuais (no uso extremamente profundo de composições em 3D). Completamente incomum dentro da carreira de Scorsese, o filme abraça a fantasia com força e talvez seja por isso que a mão firme do diretor não tenha sido suficiente para conter alguns deslizes de seu protagonista mirim. A grande surpresa é ver Sacha Baron Cohen como o vilão do filme e ocasional alívio cômico, no papel do policial responsável por manter a ordem na estação de trem. O encanto pode diminuir um pouco para quem não é muito familiar com as raízes do cinema fantástico, mas a mensagem central da história é universal e transparece com uma sinceridade quase spielbergiana em sua inocência cinematográfica.