Cinema

A Casa do Espanto III

A Casa do Espanto III
Título original: The Horror Show
Ano: 1989
País: Estados Unidos
Duração: 95 min.
Gênero: Terror
Diretor: James Isaac (Jason X, Skinwalkers - Amaldiçoados, Caça aos Porcos)
Trilha Sonora: Harry Manfredini (A Casa do Espanto IV,   Águia de Aço 3 - Ases do Céu,   Namorado Gelado, Coração Quente!)
Elenco: Lance Henriksen, Brion James, Rita Taggart, Dedee Pfeiffer, Aron Eisenberg, Thom Bray, Matt Clark, David Oliver, Terry Alexander, Lewis Arquette, Lawrence Tierney, Alvy Moore, Zane W. Levitt
Distribuidora do DVD: Spectra Nova
Avaliação: 0/10

Em comum com os dois primeiros filmes desta franquia, a terceira parte da saga da Casa do Espanto só tem mesmo o título traduzido para a língua portuguesa. Na realidade, tudo é culpa da distribuidora que lançou o filme fora dos EUA, rebatizando The Horror Show com o nome de House III e obrigando o próximo filme regular da série a ser chamado de 'parte IV'. Um show de horrores é, no pior sentido do termo, exatamente como essa produção deveria ter sido chamada. Pois nela tudo é muito ruim, coisa de revirar o estômago de qualquer ser humano dotado de um mínimo de inteligência.

O policial Lucas McCarthy (Lance Henriksen) mal sabe que a prisão do pior assassino em série de todos os tempos (Brion James) é apenas o começo de seus problemas. Responsável direto por sua captura, ele insiste em comparecer à cerimônia de execução do maluco na cadeira elétrica, apenas para presenciar um espetáculo de revirar o estômago. O problema é que, mesmo morto, o serial killer insiste em se materializar e atormentar a vida da família do policial, assassinando e fazendo com que o próprio Lucas torne-se o principal suspeito pelos crimes. E o único que parece entender seu infortúnio é um cientista desmiolado (Thom Bray) que acredita numa teoria maluca bolada para explicar o 'fenômeno'.

O filme possui similaridades absurdas com outra obra realizada no mesmo ano (Shocker, de Wes Craven). Não sei quem veio primeiro ou quem copiou quem, mas o filme de Craven, mesmo não sendo lá essas coisas, está a anos-luz deste em matéria de qualidade. A Casa do Espanto III ainda se inspira claramente na série A Hora do Pesadelo, pois toda a palhaçada em torno do assassino que morre eletrocutado e volta para atormentar quem o matou não passa de uma tentativa frustrada de criar um novo Freddy Krueger. A ambientação é super-parecida com o filme de Craven, e até mesmo na trilha sonora Harry Manfredini parece ter recebido ordem para copiar descarada e porcamente. O problema é que nem com muito boa vontade é possível relevar a total ausência de lógica e coerência do roteiro, um retalho de imbecilidades que nem mesmo os momentos de gore conseguem salvar. E que figura é aquele filho que arranjaram para o Lance Henriksen? Mais parece um refugo renegado do elenco de Garotos Perdidos...

Com relação aos outros filmes da série iniciada em 1985, não há neste pastiche nem mesmo uma casa à qual se pode atribuir o qualificador de 'espanto'. O diretor James Isaac conseguiu a proeza de realizar algo ainda pior que a parte II, que já era uma bomba de marca maior. Talvez seja por ter participado de porcarias como essa que a popularidade de um ator com o potencial de Lance Henriksen jamais conseguiu ir além dos círculos cult de admiradores da sétima arte. Tudo é muito deprimente de tão ruim, e o que resta à platéia, após terminar de assistir a essa indecência, é se perguntar de onde ela pode ter tirado a coragem para suportar uma hora e meia de tanta merda em estado bruto.

Extras do DVD? Somente biografias curtas de Henriksen e do 'vilão' do filme, o grandalhão Brion James.

A saga da casa maluca termina em A Casa do Espanto IV.

Texto postado por Kollision em 23/Setembro/2005