Visto via Netflix em 29-SET-2019, Domingo
A resposta da natureza aos abusos do ser humano pode ser extremamente agressiva. No caso de O Hospedeiro, o despejo indiscriminado de substâncias químicas proibidas no rio Han faz com que um lagarto vitaminado, cruzamento horrendo de peixe e anfíbio, apareça e provoque o terror em plena luz do dia em Seul. Em meio ao desespero e às inevitáveis mortes, um homem aparentemente limitado mentalmente (Kang-ho Song) presencia o momento em que a criatura rapta e leva sua filha (Ko Asung) para dentro do rio. Enquanto ele e toda sua família, incluindo o pai e os irmãos, choram a aparente morte da garota, agentes do governo fecham o cerco contra a possível ameaça biológica e uma fagulha de esperança surge quando o celular dela toca no meio da noite. Bastante elogiado pela crítica na época de seu lançamento, o filme é um amálgama muito peculiar de filme de monstro, suspense e comédia, este último aspecto muito calcado na cultura coreana e por isso mesmo de difícil compreensão. De qualquer forma, O Hospedeiro perde a força de sua introdução muito rápido por culpa do roteiro desconjuntado e da caracterização de seu protagonista, que beira o irritante seja por seu semblante constantemente perdido em cena ou pelas decisões absurdas tomadas por ele e pela família, sem contar as passagens carregadas de crítica sociopolítica que surgem aqui e ali.