Visto no cinema em 27-JAN-2011, Quinta-feira, sala 5 do Multiplex Pantanal
A mais nova adaptação cinematográfica para o livro clássico de Jonathan Swift é aquilo que eu mais ou menos esperava: outro veículo para Jack Black fazer o mesmo personagem de sempre, ou seja, o tipo desleixado-engraçado imortalizado pelo próprio em filmes como Escola do Rock. Ele é Gulliver, um cara estagnado num emprego cômodo que passa o dia entregando cartas no prédio de um jornal e jogando Guitar Hero nas horas vagas (precisava disso?). Pressionado pela chegada de um concorrente e desesperado para impressionar uma colega (Amanda Peet, radiante), Gulliver se oferece para escrever sobre o Triângulo das Bermudas. Chegando lá, ele é sugado para uma terra desconhecida habitada por pessoas de somente 15cm de altura e governada por duas nações em guerra. Gulliver se passa por rei e conquista a admiração de todos, com exceção de um general desconfiado (Chris O'Dowd) que irá causar problemas. Quando funcionam, os efeitos especiais são ótimos, mas não é sempre que eles convencem. De resto, As Viagens de Gulliver é um filme infantilizado e até enfadonho, que abusa de referências ao universo pop para tentar fazer rir. Mas é por causa de gente como Amanda Peet e Chris O'Dowd que o longa mantém uma certa dignidade como diversão pra lá de rasteira, porque ver Jack Black fazendo o mesmo personagem pela décima vez já perdeu a graça.