Revisto via Netflix em 23-AGO-2015, Domingo
Há muito em Gremlins que justifica o sucesso considerável que o filme fez na época de seu lançamento, assim como há vários fatores que desabonam o filme, além de outros que historicamente não permitiram que ele fosse muito melhor do que é. Ainda hoje, por exemplo, a maioria dos efeitos das criaturas (nenhum deles feito com a ajuda de computação gráfica) impressiona pela eficiente fluidez. Por outro lado, o elenco sofre para preencher os diálogos e situações criados pelo roteiro de Chris Columbus. Não há muito o que fazer em cena além de mostrar cara de espanto diante da criatura fofa que é dada de presente pelo pai a um jovem (Zach Galligan) e dos monstrinhos que logo tomam conta da tela quando joga-se água nessa mesma criatura. A mitologia em torno dela é infantilizada, assim como a atmosfera imposta pelo produtor Steven Spielberg, que limou as passagens mais gráficas da história e transformou o filme numa incógnita que transita sem convicção entre o horror e a comédia. Basicamente, é como um desenho do Pernalonga convertido em filme: as mortes ocorrem fora da tela, os bichos feios nem chegam a ser tão assustadores e de tão histriônica a música de Jerry Goldsmith acabou sendo usada no Brasil como trilha de propaganda de TV para Alf - O ETeimoso. Gremlins obviamente não assusta mais ninguém, mas teve grande impacto e gerou uma infinidade de cópias, algumas superiores à fonte como o mais divertido Criaturas, realizado dois anos mais tarde.