Cinema

Millennium - A Garota na Teia de Aranha

Millennium - A Garota na Teia de Aranha
Título original: The Girl in the Spider's Web
Ano: 2018
País: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Suécia
Duração: 117 min.
Gênero: Suspense
Diretor: Fede Alvarez (A Morte do Demônio [2013], O Homem nas Trevas)
Trilha Sonora: Roque Baños (Vem Brincar, A Todo Vapor! Destino Astúrias, O Homem nas Trevas 2)
Elenco: Claire Foy, Sverrir Gudnason, Stephen Merchant, Sylvia Hoeks, Lakeith Stanfield, Christopher Convery, Beau Gadsdon, Carlotta von Falkenhayn, Claes Bang, Synnøve Macody Lund, Cameron Britton, Vicky Krieps, Andreja Pejic
Avaliação: 7/10

Visto no cinema em 16-NOV-2018, Sexta-feira, sala Cinemark 5 do Shopping Goiabeiras

Em que pese o fato da equipe do filme original não ter retornado para esta sequência direta, ao menos Millenium - A Garota na Teia de Aranha mantém a atmosfera tensa que marcou o filmaço que David Fincher dirigiu em 2011. Sai Rooney Mara e entra Claire Foy no papel da hacker desajustada Lisbeth Salander, sai Daniel Craig e entra Sverrir Gudnason no papel do jornalista investigativo Mikael Blomkvist. Adaptada a partir do quarto livro da série, a história começa com Lisbeth sendo contratada para recuperar um perigoso software de dentro da rede de segurança norteamericana. Serviço feito, logo cai literalmente sobre sua cabeça a retaliação de uma organização criminosa que possui laços estreitos com seu próprio passado. Mas é somente quando a situação piora ainda mais que ela recorre à ajuda de Mikael, enquanto um agente dos EUA (Lakeith Stanfield) se infiltra em território sueco para tentar recuperar o que foi roubado debaixo de seu nariz cibernético. O diretor Fede Alvarez, cujo maior destaque até então havia sido a refilmagem de A Morte do Demônio, conduz a trama com pulso firme e tenta desviar a atenção quanto a uma ou outra derrapada do roteiro, entregando um longa que prende a atenção e aproveita bem o legado do filme anterior. Não dá para deixar de notar, no entanto e talvez não intencionalmente, a mudança na caracterização dos protagonistas. Lisbeth é mais masculinizada (Claire Foy lembra muito Hilary Swank em papeis como o de Meninos Não Choram) enquanto o aspecto visivelmente menos brucutu de Sverrir Gudnason distancia o filme da imagem forte de Daniel Craig.