Visto via Netflix em 21-OUT-2017, Sábado
Jogo Perigoso é uma produção original da Netflix baseada em livro de Stephen King, e segue a vertente de terror psicológico minimalista que tem marcado a obra do escritor nos últimos anos. O título nacional genérico nem soa tão estúpido assim quando se considera a premissa da história, que envolve um casal que decide apimentar a vida sexual numa propriedade erma durante um fim de semana. Porém, após algemar a esposa (Carla Gugino) à cama e iniciar a brincadeira, o marido (Bruce Greenwood) tem um ataque cardíaco fulminante e cai morto aos seus pés. Sem saber onde diabos estão as chaves e sem qualquer alma viva a quilômetros de distância, ela obviamente se vê no mato sem cachorro (ou não). Ao invés de enveredar por meandros mirabolantes acerca de como ela sairá da arapuca, o roteiro concentra-se no horror que se passa em sua cabeça, enquanto ela alucina com a figura do próprio marido e rememora um trauma do passado que trará de volta uma série de medos capazes de tornar sua vida ainda mais difícil do que já está. Com bom ritmo e boas atuações de seu reduzido elenco, Jogo Perigoso peca somente em sua reta final, pois não é contundente o suficiente tanto para ser dúbio quanto para oferecer um desfecho concreto ao mistério apresentado. Acabou ficando a meio caminho.