Visto no cinema em 19-ABR-2015, Domingo, sala Cinemark 2 do Shopping Goiabeiras
Nota: cronologicamente, este filme se passa após Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio.
A troca de diretores (entra James Wan e sai Justin Lin, que cuidou das partes 3, 4, 5 e 6) é praticamente imperceptível neste Velozes e Furiosos 7. Como seria possível imprimir uma visão diferente a uma franquia que se tornou escrava de uma fórmula onde o mais importante é superar o filme original com sequências de ação cada vez mais mirabolantes e ao mesmo tempo cada vez mais carentes de lógica? A sensação que se tem é que o objetivo dos realizadores é proporcionar uma montanha-russa de adrenalina onde o espectador vai de um a outro brinquedo num ritmo frenético, que praticamente o impede de tentar entender o que está acontecendo. A linearidade cede espaço à superficialidade e somente deixa à vontade os personagens que já estão pré-estabelecidos, que o diga o novo vilão (Jason Statham) que busca vingança contra a equipe de Dominic Toretto (Vin Diesel) pelo que eles aprontaram com seu irmão bandido caçula em Velozes e Furiosos 6. O cara é retratado como um exército de um homem só, letal ao extremo e absolutamente desprovido de escrúpulos, mas é praticamente colocado de lado quando as explosões tomam conta da tela e o foco da ação muda para uma caçada tipo gato e rato a um dispositivo eletrônico super-avançado. Ao final, a homenagem ao falecido Paul Walker encerra o filme num tom melancólico que soa apropriado, especialmente quando em contraste com o nível absurdo de destruição que o filme proporciona.
A série continua em Velozes e Furiosos 8, lançado em 2017.