Visto em DVD em 1-OUT-2007, Segunda-feira
As atribulações pelas quais Darren Aronofsky passou para concluir este projeto não foram poucas. Após inúmeras rusgas com Brad Pitt, um set inteiro na Austrália perdido e um corte violento no budget, é possível que muito do que ele tenha envisionado originalmente se perdeu, e acredito que o que mais foi sacrificado foi exatamente aquilo que dava o ar de ficção científica que alguns ainda insistem enxergar em Fonte da Vida. Porque de ficção o filme não tem nada – a não ser que as abstrações envolvendo o passado e o futuro de um médico obcecado em encontrar a cura para o câncer da esposa possam assim ser chamadas.
O ritmo irregular e uma ambiciosa verve poética que tende à arrogância ferem a empatia que os personagens deveriam transmitir enquanto a história se desenvolve. Rachel Weisz parece estar em cena com o propósito maior de ter seu rosto capturado em closes de beleza desconcertante pela câmera de Aronofsky, mas é Hugh Jackman quem praticamente carrega o filme nas costas. Aqui é possível ver que o cara é um ótimo ator. Sua performance e a trilha sonora de Clint Mansell (que compôs um tema merecedor de Oscar para os créditos finais) são o que fazem o filme valer a pena, quer a reação da platéia seja positiva ou não.
Minha opinião fica em cima do muro. Sinal de que uma revisão é bem-vinda num futuro próximo.
Os extras do DVD compreendem uma cena excluída mostrando a rotina de Hugh Jackman no futuro, um making-of dividido em seis partes de 7 a 15 minutos e uma entrevista cruzada de 13 minutos com Rachel Weisz e Jackman.