Visto via Netflix em 14-SET-2014, Domingo
Dada a resposta fantástica obtida pelo primeiro filme, os produtores também decidiram lançar as adaptações dos livros seguintes no cinema. O fato delas terem sido originalmente concebidas para a TV tira um pouco do brilho das sequências, o que fica óbvio pela diferença no trabalho de direção (inclusive existe uma versão estendida dos três filmes para o formato televisivo). Ao contrário do primeiro capítulo, em que o foco era maior no jornalista Michael Blomkvist (Michael Nyqvist), A Garota que Brincava com Fogo se concentra mais sobre a trajetória da hacker Lisbeth Salander (Noomi Rapace), que é acusada do brutal assassinato de três pessoas e colocada pra correr pela polícia e por uma organização sinistra que possui ramificações dentro do alto escalão do governo sueco. Michael faz de tudo para ajudá-la e provar sua inocência, mas Lisbeth não hesita em partir numa investigação própria que remete a pecados que ela cometera no passado e voltam para assombrá-la no presente. O maior problema do filme está no estabelecimento da história e no modo como ela demora para finalmente mostrar a que veio, particularmente no lado da trama que retrata o jornalista em sua rotina dentro do editorial da revista Millenium. Manter os protagonistas longe um do outro até o final ao menos funciona como fonte de tensão e como elo de ligação entre este filme e A Rainha do Castelo de Ar, que começa exatamente onde a segunda parte termina.