Visto via Netflix em 14-SET-2014, Domingo
Após recapitular as cenas mais importantes do filme anterior, A Rainha do Castelo de Ar começa com Lisbeth Salander (Noomi Rapace) se recuperando dos ferimentos no hospital enquanto espera pelo julgamento da tentativa de assassinato do próprio pai (Georgi Staykov), o espião russo que se tornou o pivô da conspiração que ameaça a sua própria vida e as da equipe de profissionais da revista Millenium, da qual o jornalista Michael Blomkvist (Michael Nyqvist) é o editor-chefe. Mesmo separados pelas circunstâncias, Michael dá um jeito de ajudá-la enquanto continua a investigar o que se esconde por trás dos panos do grupo misterioso que protege o legado de assassinatos do espião russo. E o passado de Salander continua a ser esmiuçado em revelações e flashbacks enquanto o grandalhão loiro (Micke Spreitz) permanece à espreita. Marginalmente melhor que o segundo capítulo da trilogia, A Rainha do Castelo de Ar se transforma num filme de tribunal em seu ato final, e ao não fazer nenhuma concessão à índole arredia e inconformista de sua protagonista consegue ser quase tão eficiente quanto o primeiro capítulo da trilogia.
É sabido que Stieg Larsson, o autor dos livros nos quais os filmes são inspirados, tinha a intenção de escrever dez histórias para Lisbeth Salander e Michael Blomkvist. Infelizmente, sua morte repentina e prematura não deixou que ele concluísse o projeto, que parou na metade do quarto livro (os três primeiros foram publicados postumamente). Há tentativas em várias frentes (oficial e paralela) para que a quarta história seja concluída e, quem sabe, também ganhar uma versão cinematográfica.