Visto no cinema em 24-AGO-2014, Domingo, sala Cinemark 2 do Shopping Goiabeiras
Os Mercenários 3 pode ser resumido de muitas formas, mas a que mais me agrada é "haja espaço para tanta gente!". Dito isso, há que se louvar a eficiência do roteiro em dar a cada um dos personagens tempo suficiente para que eles se apresentem e façam alguma coisa - uma piadinha ou uma luta, tanto faz. Obviamente, as mais de duas horas de filme ajudam nesse quesito, apesar de alongar uma história sem qualquer nuance de originalidade ou emoção que vá além das autorreferências (somente os nerds e os antenados entenderão) e da nostalgia de ver mais uma vez os medalhões do cinema de ação do passado na tela grande. Após libertar um antigo mercenário (Wesley Snipes) de um cárcere de anos, Barney Ross (Stallone) e sua turma encaram uma missão que dá em merda quando eles descobrem que seu alvo é um mercenário renegado que passou para o lado negro da força (Mel Gibson). Triste e sem vontade de cantar uma bela canção, Ross desfaz e se despede do grupo de veteranos, formando a seguir uma equipe de mercenários jovens para finalizar a missão. Como eu disse, há espaço para todo mundo mostrar um pouco a cara, de Arnold Schwarzenegger a Harrison Ford (substituindo Bruce Willis) e Antonio Banderas como um irritante alívio cômico. Infelizmente, o diretor Patrick Hughes não sabe dosar diálogos como deve, e erra feio ao deixar vários atores falarem demais (Snipes no início, Banderas no decorrer do filme e todo mundo no epílogo melequento). Por incrível que pareça, Mel Gibson é o que está melhor em cena ao compor um ótimo vilão com o pouco que tem em mãos.
Para os amantes saudosistas do cinema de ação o resultado dá para o gasto, apesar de simples e sem ousadia. Afinal, com censura PG-13 não dá pra ter sangue e corpos voando pela tela.