Visto no cinema em 28-SET-2013, Sábado, sala Cinemark 4 do Shopping Internacional, Guarulhos-SP
Para quem é fã de ficção científica e teve a oportunidade de conferir o fenomenal Distrito 9, dizer que as expectativas em torno de Elysium eram altas é chover no molhado. Mais uma vez o diretor sul-africano Neill Blomkamp investe no gênero para criar uma realidade onde diferenças sociais norteiam o desenrolar dos acontecimentos. No futuro, Elysium é um abrigo orbital livre de guerras, fome e doenças, para onde migraram as pessoas mais ricas do mundo. Na Terra, os que ficaram chafurdam em cidades superpovoadas, num planeta extremamente poluído cujos recursos continuam a ser explorados para sustentar a vida perfeita de Elysium. Este (des)equilíbrio é chacoalhado quando um trabalhador da Terra (Matt Damon) decide ir até Elysium buscar uma cura para a morte iminente após um acidente radioativo, recorrendo à ajuda de um traficante do submundo (Wagner Moura) para se erguer contra a implacável chefe militar do satélite (Jodie Foster) e seu inescrupuloso agente na Terra (Sharlto Copley). Se por um lado o filme conta com o mesmo primor técnico que marcou Distrito 9 (presente na representação da Terra devastada e nos acachapantes efeitos especiais que dão vida a Elysium), por outro ele sofre com buracos inexplicáveis no roteiro, o que é uma pena. Mais uma vez caracterizada como o interesse amoroso do protagonista em perigo, Alice Braga é a presença mais fraca do elenco (chega, né, Alice?). Pelo menos Wagner Moura não faz feio, mas é Sharlto Copley que se sobressai ao compor um vilão memorável.