Visto no cinema em 14-MAR-2007, Quarta-feira, sala 2 do Multiplex Pantanal
O musical tem como fonte o material desenvolvido para a Broadway, e como trunfo um elenco bem escolhido e carismático. Não é segredo para ninguém que a história é baseada na trajetória das Supremes, grupo liderado por Diana Ross. Só que as visíveis liberdades criativas, tomadas em nome do entretenimento e do espetáculo, fazem o seu papel em prover uma boa adaptação da história para a linguagem do cinema. As canções, que são 50% do que realmente importa nesse tipo de filme (os outros 50% são as performances) são ótimas, e isso já é meio caminho andado para garantir a empolgação de quem não é muito fã de musicais.
E o filme é bacana, olha só! Minha música preferida é I Love You, I Do. A produção é impecável, e a direção de Bill Condon eficiente. A impressão mais marcante, no entanto, é a de que Dreamgirls vai perdendo o gás à medida em que se aproxima do final. Condon (que também escreveu o roteiro) vai colocando timidamente as seqüências com diálogos cantados dentro da narrativa, que são a marca registrada do verdadeiro longa-metragem pertencente ao gênero musical, e as indicações ao Oscar de melhor ator para Eddie Murphy e atriz para Jennifer Hudson (coadjuvantes) foram nada menos que merecidíssimas. Boa diversão para fãs e não fãs, Dreamgirls é melhor que o superestimado Chicago, por exemplo, e definitivamente merece uma conferida.