Visto no cinema em 13-ABR-2014, Domingo, sala Cinemark 2 do Shopping Goiabeiras
Há bastante tempo eu já não mais assisto a seriados. Essas coisas viciam e acabam tomando muito do meu tempo, então sempre procuro me ater a longas-metragens já que as histórias começam e terminam no prazo médio de duas horas. Dito isso, devo confessar que o lançamento de Capitão América 2 - O Soldado Invernal pela primeira vez soou como mais um capítulo de um já bem estabelecido seriado cinematográfico baseado nos personagens clássicos da Marvel Comics. Se você não faz ideia do que estou falando, rebobine seu cérebro até Homem de Ferro e comece seu aprendizado por ali. É muita coisa para recapitular tudo agora.
O segundo capítulo da saga individualizada do supersoldado Steve Rogers (Chris Evans) pega o personagem logo após os eventos mostrados em Os Vingadores. Ainda tentando se adaptar ao mundo moderno, ele se torna um agente a serviço da SHIELD e cumpre várias missões ao redor do mundo. O desenlace de uma delas provoca uma ruptura interna na agência, botando para correr tanto o diretor Nick Fury (Samuel L. Jackson) quanto a maioria de seus agentes mais próximos, como o Capitão e a Viúva Negra (Scarlett Johansson), que passam a ser perseguidos por um inimigo misterioso e tão habilidoso quanto Steve Rogers - o tal Soldado Invernal (Sebastian Stan). Entra em cena também o secretário de defesa norteamericano (Robert Redford), amigo de longa data de Fury e responsável juntamente com ele por um projeto ultrassecreto que deve ampliar o alcance da SHIELD em escala global.
Numa visível tentativa de compensar o clima morno que marcou o primeiro Capitão América, a continuação não perde tempo algum em bombardear a plateia com sequências de ação destinadas a provar porque o personagem-título é um peso-pesado na escala heroica da Marvel. Além da ação vertiginosa, as interações entre personagens mantêm uma tensão que se instala em praticamente todos os recônditos deste universo em constante expansão, o que dá uma dimensão a mais a personagens já antigos como a Viúva Negra ou a novatos como o Falcão (Anthony Mackie). Assim, fica praticamente impossível negar que a fórmula continua a funcionar tanto como adaptação bem-sucedida das HQs quanto como um filme de ação puro, com uma pitada de trama de espionagem digna dos melhores trabalhos originados nos quadrinhos.
Para propósitos de continuidade, após este filme recomenda-se assistir a Vingadores - Era de Ultron e Homem-Formiga, para só então assistir à sequência Capitão América - Guerra Civil.