Visto no cinema em 1-NOV-2007, Quinta-feira, sala 1 do Cine Bombril em São Paulo
É triste acompanhar a bagunça na qual esse filme promissor se transforma à medida em que ele se aproxima do final. Provavelmente sem conseguir o efeito desejado para a história de Ana, Julio Medem joga uma bolha de bizarrice na cara da platéia, na esperança de extrair dela um mínimo da reação que não pôde ser obtida ao longo de toda a história. A personagem principal é uma jovem pintora descoberta morando nas cavernas por uma benfeitora das artes, que a leva para Madri para conhecer o mundo e expressar seu espírito livre. Os contornos espíritas do filme são capazes de provocar bocejos pela pieguice e pela ínfima carga dramática, fazendo com que a obra se arraste. Pelo menos a protagonista é bonita, num trabalho onde caótico é o filme, não sua personagem.