Cinema

Brazil - O Filme

Brazil - O Filme
Título original: Brazil
Ano: 1985
País: Estados Unidos, Inglaterra
Duração: 142 min.
Gênero: Ficção científica
Diretor: Terry Gilliam (As Aventuras do Barão Munchausen, O Pescador de Ilusões, Os 12 Macacos)
Trilha Sonora: Michael Kamen (Highlander - O Guerreiro Imortal, Mona Lisa, Surpresa de Shanghai)
Elenco: Jonathan Pryce, Kim Greist, Robert De Niro, Katherine Helmond, Ian Holm, Bob Hoskins, Michael Palin, Ian Richardson, Peter Vaughan, Jim Broadbent, Barbara Hicks, Charles McKeown, Derrick O'Connor, Kathryn Pogson, Bryan Pringle
Avaliação: 7/10

Visto via Disney Plus em 31-AGO-2025, Domingo

Pouco tempo depois da dissolução do grupo inglês Monty Python, o diretor Terry Gilliam concebeu Brazil - O Filme, uma ficção científica distópica com visual retrô-futurista. O filme faz parte da chamada "trilogia da imaginação" feita pelo cineasta, que inclui também Os Bandidos do Tempo (1981) e As Aventuras do Barão Munchausen (1988), e carrega uma forte carga de crítica em relação aos efeitos da burocracia e do corporativismo na sociedade moderna. Numa realidade extremamente peculiar que mescla o visual da sociedade norteamericana dos anos 20 a uma estética futurista, um burocrata acomodado (Jonathan Pryce) leva uma vida imersa em papelada e subserviência a superiores incompetentes enquanto é fascinado por uma moça (Kim Greist) que aparece em seus mais malucos sonhos. No entanto, quando a vê em um dos andares do prédio onde trabalha, o cara decide fazer de tudo para conhecê-la, só que para isso terá que sair completamente de sua zona de conforto. Tão fascinante quanto absurdo em boa parte do seu tempo de projeção, o filme só não é mais satisfatório porque Jonathan Pryce infelizmente carece do carisma que o papel exige. Ainda assim, Brazil - O Filme é um dos trabalhos mais interessantes da história do cinema no modo como mistura inúmeras influências para fornecer um legado visual que se tornaria referência para outros cineastas no futuro. O título nada tem a ver com o país, mas sim com a música que norteia a trilha sonora (Aquarela do Brasil) do início ao fim e serve como contraponto temático à loucura tragicômica que se descortina em cena.