Visto no cinema em 31-OUT-2007, Quarta-feira, sala 1 do Cine Bombril em São Paulo
Impressionante trabalho de estréia na direção da atriz Sarah Polley (a mesma que, por exemplo, se ensopou de sangue em Madrugada dos Mortos). Cadenciado, sutil, bonito e, acima de tudo, sensível a ponto de fazer a platéia compreender com senso de dignidade as conseqüências de uma doença devastadora como o mal de Alzheimer. Grant (Gordon Pinsent) é o marido que, já no final da vida, precisa cuidar da condição degenerativa de seu grande amor (Julie Christie), uma mulher ainda encantadora, forte e cheia de vida. Lenta e dolorosamente ele a vê se distanciar, numa situação que se acelera quando ela decide se internar numa instituição especializada. Julie Christie merece um Oscar por seu desempenho, o que não quer dizer que seu parceiro em cena fique muito atrás. Um filme excepcional.