Cinema

+ Velozes + Furiosos

+ Velozes + Furiosos
Título original: 2 Fast 2 Furious
Ano: 2003
País: Estados Unidos
Duração: 107 min.
Gênero: Ação/Aventura
Diretor: John Singleton (Quatro Irmãos, Sem Saída [2011])
Trilha Sonora: David Arnold (Mulheres Perfeitas, Stoned - A História Secreta dos Rolling Stones, Jornada pela Liberdade)
Elenco: Paul Walker, Tyrese Gibson, Cole Hauser, Eva Mendes, Chris 'Ludacris' Bridges, Thom Barry, James Remar, Devon Aoki, Mark Boone Junior, Amaury Nolasco, Michael Ealy, Jin Auyeung, Edward Finlay, Matt Gallini, Roberto Sanchez
Distribuidora do DVD: Universal
Avaliação: 7

Nem o diretor Rob Cohen nem o astro Vin Diesel quiseram voltar para esta continuação, um meio que alegando que não faria o filme sem o outro. Como franquias de sucesso não esperam o burro descansar na sombra, os produtores mantiveram o outro co-astro e chamaram um diretor com um razoável currículo "urbano" para comandar a empreitada. Pode-se dizer que John Singleton e Cohen se equivalem estilisticamente, principalmente quando se faz a inevitável comparação entre a ambientação dos dois Velozes e Furiosos. Como longas de puro entretenimento, no entanto, os dois filmes têm identidades bastante distintas (o herói faz o caminho inverso desta vez) e divertem com um requinte visual especialmente direcionado a quem aprecia carrões incrementados.

Agora um ex-policial, Brian O'Conner (Paul Walker) está completamente inserido na cultura underground em que se infiltrou no passado, participando e vivendo de rachas ilegais organizados pelo chapa Tej (Chris 'Ludacris' Bridges) nas ruas de Miami. A chance de ter a ficha limpa pelo deslize que cometeu no filme anterior surge quando ele é procurado por dois agentes do FBI (James Remar e Thom Barry, este último o outro único remanescente do primeiro filme) para ajudar uma bela agente infiltrada (Eva Mendes) a desbaratar as operações do chefe de um cartel mafioso (Cole Hauser). Para auxiliá-lo na tarefa, Brian exige que seu parceiro na operação seja o amigo de infância Roman Pearce (Tyrese Gibson), um brutamontes desconfiado que tem sérios problemas com autoridade.

Para uma seqüência que não consegue superar o longa original, mas passa perto, o filme tem lá seus méritos, como o fato de fornecer uma ambientação diferente e ao mesmo tempo dar uma continuidade decente à história do jovem policial atraído pelo outro lado da lei. O roteiro é básico mas não ofende, a ação é razoável e convence como entretenimento rasteiro, a quantidade de carros turbinados é ainda maior que antes, e percebe-se um upgrade respeitável no elenco de belas mulheres... Leia-se a estonteante Eva Mendes, definitivamente a melhor escalação do filme. Sua participação é visualmente refrescante, por assim dizer, já que é ela quem salva todo o departamento feminino do longa.

E a ausência de Vin Diesel não chega a afetar o resultado do filme, o que foi um dos maiores temores de quem acreditava que o sucesso da primeira história devia-se exclusivamente a ele. Uma coisa é certa: sem Diesel, o jeitão de adolescente de Paul Walker fica ainda mais evidente, principalmente ao lado de Tyrese Gibson. Felizmente, para o bem da história, a sensação que predomina é a de que ao menos o universo de Brian O'Conner amadureceu um pouco, com desafios mais perigosos e um vilão de verdade na caracterização sinistra de Cole Hauser, um cara que parece ter nascido para fazer papéis assim. A seqüência da tortura com a ratazana é uma das mais originais que já vi, merece entrar para os anais das melhores cenas no estilo.

A seção de extras do DVD vem com uma faixa de comentários de John Singleton, um curta-metragem de pouco mais de 5 minutos que serve de ponte entre este filme e o primeiro (que pode ser visto em conjunto com o longa), um making-of de 10 minutos, 6 minutos de cenas excluídas/estendidas, erros de gravação, especiais curtos sobre o processo de tuning de um dos carros do filme, os dublês e a filmagem do videoclipe do rapper Ludacris, e três trechos de bastidores para cada um dos corredores principais da história: Paul Walker, Tyrese Gibson e o monstrinho Devon Aoki.

Texto postado por Kollision em 17/Agosto/2006