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Elucubrações sobre o Espaço-Tempo (não é Física)

Sempre fui aficionado por cinema em todas as suas formas, esse site é prova disso. Quase cheguei a largar a vida de engenheiro para ser cineasta.

Como um entusiasta da sétima arte que em dado momento da vida se viu imbuído de recursos, montei uma coleção de filmes que hoje passa de 1.200 itens. A coleção cresceu de tal forma que espaço se tornou um aspecto de considerável importância na organização do meu quarto de entretenimento. Espaço é, portanto, o primeiro de dois critérios que me levaram a quase abandonar o hábito de colecionar filmes em mídia física.

Pensando...

"E qual seria o segundo critério?"

O segundo critério é tempo. Vejamos... O que posso fazer com uma coleção de 1.200 filmes? Assisti-los regularmente? Alugá-los? Montar uma locadora? Montar um mini-cinema e promover exibições digitais regulares?

Quando comecei a colecionar DVDs antes da virada do milênio o acesso aos filmes ainda era quase que exclusivamente restrito a esse mercado. Se você queria assistir a determinada obra com imagem e som de qualidade, tinha que correr atrás do DVD. A Internet ainda não tinha a capacidade de streaming que tem hoje, e quem se aventurava a ficar fazendo downloads muitas vezes tinha que esperar um dia inteiro para que o filme ficasse disponível no computador, e ainda assim com qualidade extremamente duvidosa.

Olhando para os dias de hoje não é difícil notar como o meio conhecido como cinema mudou. Filmes são lançados quase que simultaneamente no cinema e em BDs (discos blu-ray). Além disso, serviços de transmissão digital são responsáveis por abreviar o período entre cinema e sala de estar. Nunca foi tão fácil obter acesso a todos os tipos de filmes, sejam eles muito antigos ou mesmo ainda inéditos na tela grande. Isso não significa que o colecionismo cinematográfico vai morrer, muito pelo contrário. DVDs e BDs não ficarão obsoletos, mas a mídia física está com os dias contados. Juntam-se a isso novos interesses, novas responsabilidades e a simples ideia de que estamos ficando mais velhos. Você não deixa de gostar intensamente do hobby, mas precisa encará-lo de forma mais prática. E é por isso que tomei duas decisões importantes:

  1. Parar quase completamente de comprar DVDs e BDs. A não ser que seja um filme de inegável fator nostálgico, não estou mais adquirindo nenhum novo título.
  2. Trocar os DVDs e BDs que tenho e já assisti por outros que ainda não assisti.
  3. Mudar meus hábitos de cinéfilo para a mídia digital, até como forma de me acostumar a isso e acompanhar os novos tempos (porque, sob muitos aspectos, todos na minha faixa de idade estão fadados a se tornar dinossauros muito em breve).

Com relação à mídia digital, aqui em casa nos afiliamos ao seguinte serviço já há vários meses:

NETFLIX

Recomendo pela praticidade e pela qualidade (desde que você tenha uma conexão à Internet de boa qualidade). Acervo com as últimas novidades é o único ponto fraco, mas se quero ver novidade vou ao cinema.

Quanto ao item 2 acima, a resolução está funcionando muito bem, e vários dos filmes recentes que assisti e sobre os quais escrevi nos últimos meses foram produtos de trocas. São novos filmes que foram adicionados à coleção às custas de outros que se foram, que estão sendo vistos e compartilhados com alegria por outras pessoas (assim espero).

Estou e estarei colocando muitos outros filmes que tenho na minha lista de vendas e trocas. Espalhem a palavra!

Texto postado por Edward em 31 de Janeiro de 2014