Finalmente, depois de vidas inteiras morando no estado de Mato Grosso, minha princesa e eu decidimos conhecer o Pantanal Matogrossense, mais precisamente as cercanias de Poconé.
A cidadezinha de Poconé é tida como um dos pontos de entrada para o Pantanal, sendo lá que começa a famosa rodovia Transpantaneira, que paz parte da MT-60. A rodovia Transpantaneira é uma estrada de terra que liga nada a lugar nenhum, tem quase 150 km de extensão e 126 pontes de madeira, quase todas em estado muito precário (fonte: Jeep Club Pirituba). Para nosso alívio dirigimos somente 10km na Transpantaneira, pois logo a seguir está a entrada para a Pousada Piuval. A distância total, partindo de Cuiabá, é pouco mais de 100 quilômetros.
Na Sexta-feira santa chegamos à pousada no início da tarde. Na mesma tarde fizemos o passeio de Tratrem, um carrinho puxado por trator que leva o pessoal para passear na área próxima à pousada. Foi aí que conhecemos a nuvem mortal de mosquitos que mordem através da roupa e pouca importância dão a esses repelentes comprados em farmácia (devem ser bem vagabundos). Não foi possível ver muita coisa no passeio, mas a subida a um mirante foi bem bacana. Nota: quem nunca foi a um lugar como o Pantanal não faz ideia do que significa ficar à mercê dos mosquitos e pernilongos de um lugar assim. É sentir para crer!
No dia seguinte saímos no passeio de barco pelo alagado do rio Bento Gomes sob um sol escaldante. Vimos alguns jacarés, um biguazeiro (enorme árvore tomada pelos biguás, que fica branca de tanto cocô feito pelos pássaros), uma família de macacos bugios em diuturno descanso, mais um mirante com ótima vista para a região, muitos tuiuiús, um martim-pescador engasgado e o famoso urutau, o pássaro-fantasma. Descansamos a tarde toda e mais tarde nos esparramamos na piscina da pousada.
Deixamos para fazer o passeio a cavalo na manhã de Domingo. Vimos mais uma infinidade de pássaros, mais jacarés e tuiuiús, uma infinidade de vegetação e água pra todo lado. Passar com os cavalos dentro da água foi emocionante.
As instalações da pousada são boas e confortáveis, e o atendimento bastante amigável. O restaurante foi ótimo tanto para refeições quanto para o café da manhã e a piscina, apesar de pequena, é bem mantida e a água nem é fria. A única crítica que temos sobre o lugar é que falta um ambiente para se distrair à noite, uma vez que assim que o sol se põe os mosquitos saem para caçar, o que obriga os hóspedes a se trancarem dentro de seus quartos. Não dá para ficar no restaurante a noite toda, e às dez horas ele fecha.
Fica aí a dica, da próxima vez vamos a outra pousada mais para dentro do Pantanal, de preferência na época de seca para vermos uma quantidade maior de jacarés. Para encerrar, desafio os visitantes a encontrar o jacaré na foto abaixo!
Texto postado por Edward em 15 de Abril de 2012