O pequi (Caryocar brasiliensis) é uma árvore nativa do cerrado brasileiro, cujo fruto é muito utilizado na cozinha nordestina, do centro-oeste e do norte de Minas Gerais.
O pequi pode ser encontrado em toda a região Centro-Oeste (considerada a capital da fruta) e nos estados de Rondônia (ao leste), Minas Gerais (norte e oeste), Pará (sudoeste), Tocantins, Maranhão (extremo sul), Piauí (extremo sul), Bahia (oeste), Ceará (sul) e nos cerrados de São Paulo e do Paraná.
O fruto pode ser apreciado sob diversas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na forma de um dos mais apreciados licores, além de doces e sorvetes. O sabor e o aroma dos frutos são muito marcantes e peculiares. Sua polpa macia e saborosa deve ser comida com bastante cuidado, uma vez que a mesma recobre uma camada de finos espinhos que, se mordidos, fincam-se na língua e no céu da boca, provocando dores intensas. Esse risco deixa de existir uma vez que a técnica de degustação, que é de fácil aprendizado, é devidamente assimilada. O pequi deve ser comido apenas com as mãos, jamais com talheres. Deve ser levado à boca para ser raspado cuidadosamente com os dentes, até que a parte amarela comece a ficar esbranquiçada. Roer pequi é bem fácil e prazeroso.
A seguir, fotografias selecionadas dos pequis que os senhores Ingo e Wilmar conseguiram catar no cerradão perto do meu local de trabalho:
No cerrado, o pequi jamais deve ser colhido diretamente da árvore, e sim do chão, protegido pela casca espessa e densa enquanto atinge o estado maduro. Infelizmente, todo esse prazer culinário só pode ser desfrutado entre os meses de Novembro e Fevereiro, que é quando a árvore dá frutos. Este ano a temporada de pequi em Mato Grosso demorou um pouco para entrar em ritmo de cruzeiro, então acho que poderemos encontrar pequi até o mês de Março.
Quem está passeando por Mato Grosso ou Goiás entre o fim de ano e o Carnaval e nunca teve a chance de experimentar pequi está marcando bobeira. Vá a qualquer bom restaurante regional e pergunte ao garçom o que ele tem com pequi. Você vai se surpreender!
Vejam abaixo um exemplo de como roer pequi (não liguem para a pequena gafe geográfica que a moça comete):
Por falar em geografia, eis duas curiosidades geográficas que descobri ao pesquisar sobre o assunto:
Observação 1: Este post foi parcialmente baseado em informações presentes no artigo da Wikipédia.
Observação 2: Este post é dedicado especialmente ao Dino, o maior roedor de pequi enrustido que eu conheço!
Texto postado por Edward em 21 de Janeiro de 2011