Visto via Netflix em 29-NOV-2021, Segunda-feira
Venom pegou muita gente de surpresa quando foi anunciado, em especial a parcela de cinéfilos fanática pelas aventuras do Homem-Aranha. Tudo porque o personagem é originalmente um vilão/anti-heroi que surgiu dentro da mitologia do aracnídeo, tendo com ele uma relação bastante forte em seu meio de origem, as HQs. O filme não se faz de rogado e ignora completamente esse legado, apresentando uma história e uma aventura de origem que em nenhum momento faz menção a Peter Parker ou qualquer outro personagem de relevância nesse universo. O repórter investigativo Eddie Brock (Tom Hardy) cai em desgraça quando tenta aprofundar uma reportagem sobre uma empresa de biotecnologia comandada por um empresário sem escrúpulos (Riz Ahmed). Depois de perder a namorada (Michelle Williams) e atingir o fundo do poço, uma sequência de eventos inoportunos faz com que ele se torne hóspede de um terrível parasita espacial que se funde ao seu corpo, mantém uma conexão mental com ele, passa a controlá-lo quando quer e atende pelo nome de Venom. A despeito do roteiro formulaico em sua maior parte, o filme é ao mesmo tempo um primor de efeitos especiais valorizado pela interpretação acertada de Hardy, cujo personagem se distancia das características mais polêmicas associadas à sua origem nos quadrinhos. O longa também se insere num novo universo produzido por diversos estúdios cujo objetivo é compartilhar personagens ao longo de múltiplos projetos. A inusitada inclusão de um trecho da animação Homem-Aranha no Aranhaverso após o final dos créditos que o diga.
Ignorado pela crítica, Venom foi um sucesso estrondoso de público que ganhou uma sequência em 2021 com o título Venom - Tempo de Carnificina.