Visto em Blu-ray em 22-MAI-2011, Domingo
A introdução de As Filhas de Drácula é um primor de horror gótico: duas amantes lésbicas em plena atividade libidinosa (Marianne Morris e a playmate Anulka Dziubinska) são assassinadas misteriosamente, e morcegos de verdade voam a esmo no céu noturno enquanto os créditos iniciais são exibidos ao som de uma trilha sonora deliciosamente tétrica. A associação vampírica do título é provavelmente a única conexão explícita entre a cena inicial e o restante da história, que mostra a dupla de belas mulheres atraindo vítimas em potencial para um castelo decrépito. Apenas uma destas vítimas (Murray Brown) é mantida viva, enquanto o entra-e-sai do lugar não passa despercebido por um casal inocente que resolve acampar nas imediações. Os pontos altos do filme são a ambientação eficiente e o contraste entre a beleza das vampiras e a violência de seus ataques – o sangue esguicha e escorre com vontade, o que basicamente compensa a ausência de presas nas moças durante suas manifestações vampíricas. A ausência das presas também abre vários questionamentos sobre o fato delas serem ou não vampiras de fato, mas qualquer tentativa de racionalização acaba esbarrando no lado artístico/surreal da história. Mesmo com as omissões do roteiro e o ritmo titubeante, o resultado é com certeza interessante para quem aprecia um horror clássico de contornos eróticos.
A edição importada em Blu-ray da Blue Underground vem com áudio em inglês e legendas em inglês SDH, espanhol e francês. Na seção de extras há uma faixa de comentários em áudio conjunta com o diretor José Larraz e o produtor, uma entrevista atual com as estrelas do filme e dois trailers.