Visto via Netflix em 24-OUT-2014, Sexta-feira
Em plena era tecnológica e com todos os fatores alinhados a seu favor, é quase inacreditável que Transcendence - A Revolução seja um fracasso tão retumbante. O filme é insosso como alegoria tecnológica, é enfadonho como thriller de conspiração e não consegue empolgar em praticamente nenhum momento. Johnny Depp é o cientista-chefe responsável pelo maior projeto de IA (Inteligência Artificial) do mundo, que após uma palestra é baleado por um grupo extremista que prega o fim imediato de tais pesquisas. Morrendo aos poucos, sua esposa também cientista (Rebeca Hall) e seu melhor amigo (Paul Bettany) levam adiante um plano para inserir sua mente definhante dentro do computador de IA, o que traz consequências inesperadas para todos os envolvido e para o mundo. Completando o quadro de cientistas peso-pesado e também pagando mico está Morgan Freeman, ator que já se tornou arroz-de-festa em papeis deste tipo. Enfim, se as expectativas eram altas para a estreia do cinematógrafo Wally Pfister na direção de um longa-metragem, infelizmente o que se vê neste trabalho é uma completa falta de sintonia com a plateia, uma vez que nenhum dos personagens inspira mínima empatia. Transcendence carece de alma, algo que seria crucial na apreciação de uma história com contornos tão metafísicos.