Visto em Blu-ray em 27-FEV-2011, Domingo
Mais um filme controverso, The Toolbox Murders ganhou fama depois de ter sido proibido em alguns países. Sua característica mais marcante, desconsiderando a polêmica, é que o filme consiste num giallo produzido em solo norteamericano, ou seja, o idioma é o inglês, mas a atmosfera é muito parecida com os trabalhos de suspense surgidos na Itália na década de 60. As maiores semelhanças incluem a ênfase na violência e uma certa profusão de nudez feminina. E a diferença mais marcante fica por conta da resolução do mistério, que é feita bem antes do final e faz com que a história se desenvolva um pouco além do esperado. Tudo começa quando um estranho invade um conjunto de apartamentos e mata várias mulheres utilizando itens diversos de sua caixa de ferramentas: furadeira, martelo, chave de fenda, pregos, e por aí vai. Uma garota de 15 anos é raptada, e como a polícia se mostra incompetente na tarefa de encontrá-la seu irmão decide investigar por conta própria. O roteiro é de uma simplicidade meio decepcionante, pois não exige da plateia esforço algum de raciocínio. Em contrapartida, o uso que o filme faz de um punhado de canções é marcante, já que elas acabam por criar um contraponto bizarro ao serem tocadas enquanto o assassino executa suas vítimas. The Toolbox Murders perde a força à medida em que se aproxima do final, mas não deixa de ser uma boa pedida para os fãs de giallos menos intrincados e ambiciosos. Detalhe: o diretor, Dennis Donnelly, nunca comandou nenhum outro filme na vida, somente inúmeras séries de TV.
A edição importada em Blu-ray da Blue Underground vem com áudio em inglês e legendas em inglês SDH, espanhol e francês. Na seção de extras há uma faixa de comentários em áudio conjunta com Pamelyn Ferdyn, o produtor Tony Didio e o diretor de fotografia, uma entrevista de 8 minutos com Kelly Nichols (que na época ainda não fazia pornô e era conhecida como Marianne Walter), trailer, uma propaganda de TV e duas propagandas de rádio.