Visto via Amazon Prime Video em 2-JUN-2022, Quinta-feira
Confesso que a premissa algo simples do suspense de ficção científica de Lapso Temporal ainda me dá um nó no cérebro, mesmo depois de dias após ter assistido ao filme. Nem é tanto a suspensão de descrença deficiente, provavelmente o maior calcanhar de Aquiles da história, mas sim a ideia de que olhar para o futuro visando controlar fatos no presente seja bem mais complicado do que os contos mais convencionais a respeito de viagem no tempo. Três amigos dividem um apartamento e trabalham como mantenedores do condomínio onde moram, numa rotina tranquila que é interrompida quando eles encontram algo inusitado num dos alojamentos: o corpo de um homem morto e um aparato maluco que aponta diretamente para a janela deles e tira fotos 24 horas no futuro. Eles aproveitam a chance para se dar bem em apostas de corridas locais, porém tudo começa a ficar mais complicado quando as fotos passam a mostrar situações inesperadas ou a presença inexplicada de estranhos. É exatamente no momento em que este problema acontece (estranhos no paraíso) que o roteiro começa a enfiar os pés pelas mãos, com personagens que tomam decisões ilógicas e algumas reviravoltas que não fazem sentido algum. O elenco esforçado tira água de pedra do orçamento quase inexistente e até consegue imprimir um senso de dignidade ao todo, mas infelizmente o filme não se sustenta como prometido em sua introdução. Detalhe: o veterano John Rhys-Davies aparece nos créditos finais, porém teve suas cenas cortadas.