Revisto em Blu-ray em 27-ABR-2012, Sexta-feira
Analisando os personagens escolhidos para este primeiro longa-metragem de Thor, o deus nórdico do trovão, talvez a única falta mais sentida seja a de Balder, o bravo, mas com os três guerreiros e lady Sif em cena acho que isso é plenamente aceitável. Sif, aliás, é uma das que rouba completamente a cena sempre que aparece, eclipsando os três guerreiros e a Jane Foster de Natalie Portman com facilidade. Ponto para Jaimie Alexander, e vai aqui um voto para que ela retorne em papel mais destacado na sequência (dizem que dona Alexander é forte candidata a ser a nova Mulher-Maravilha no cinema). Hemsworth foi uma boa escolha para viver o heroi cabeludo de martelo na mão, e Branagh, apesar de inesperado, foi provavelmente o motivo principal de porquê o filme não soa brega em vários dos momentos-chave passados em Asgard. Hiddleston como Loki ficou perfeito, mas o Destruidor definitivamente merecia mais tempo em cena em sua luta derradeira contra Thor. A decepção completa? Rene Russo com praticamente todas as suas cenas deixadas no chão da sala de edição. Bem que poderiam tê-la excluído completamente, ora bolas.
A trajetória do deus do trovão no cinema continua em Thor - O Mundo Sombrio.
Os extras do Blu-ray consistem de uma faixa de comentários em áudio do diretor Kenneth Branagh (sem legendas), uma série de especiais de making-of com duração total de 40 minutos, 25 minutos de cenas excluídas com comentários opcionais do diretor, uma prévia curta de Os Vingadores, o curta-metragem The Consultant (que é estrelado pelo agente Coulson {Clark Gregg} e explica alguns detalhes da formação dos Vingadores), dois trailers e também o trailer da nova série de animação The Avengers - Earth's Mightiest Heroes.
Visto no cinema em 2-ABR-2011, Segunda-feira, sala 6 do Multiplex Pantanal
Considerando o tema e a origem do mesmo, a verdade é que Thor representava a prova de fogo para a divisão cinematográfica da Marvel. Numa era dominada pela tecnologia, a noção de que divindades podem caminhar entre seres humanos é uma ideia absurda e extremamente difícil de representar num filme, e é por isso que o fato de Thor funcionar como um longa-metragem soa como uma vitória mais importante do que ela realmente é, garantindo um caminho mais tranquilo para os demais trabalhos que precedem o aguardadíssimo Os Vingadores. O motivo principal do filme funcionar não é a boa caracterização de personagens, nem os efeitos especiais bacanas ou mesmo o bom humor que transparece com adequada sutileza. Trata-se da recusa esperta do roteiro em retratar os deuses de Asgard como divindades que exigem adoração dos terrestres, uma arapuca perigosa que foi devidamente evitada pelo filme pois em nenhum momento isso acontece. Thor (Chris Hemsworth) é enviado à Terra por seu pai Odin (Anthony Hopkins) por ter se comportado mal e criado uma situação de guerra entre os asgardianos e os gigantes do gelo. Ele é encontrado por uma equipe de pesquisadores liderada por Jane Foster (Natalie Portman), e sua aparição não passa despercedida da SHIELD, a mesma organização militar secreta que aparece nos filmes do Homem de Ferro. Tudo o que acontece com Thor, no entanto, é resultado das maquinações vis de seu irmão Loki (Tom Hiddleston), que terão consequências graves tanto para Asgard quanto para a Terra.
Divertido, as únicas coisas que não me agradaram muito no filme foram o início em Asgard, que toma muito tempo e retarda as ações em Midgard (Terra), e a desnecessária cena do beijo entre Thor e Jane. De resto, fãs do personagem e novatos não têm do que reclamar. A ação é intensa, o suspense não faz feio e o elenco não está nada mal.