Visto no cinema em 19-MAR-2015, Quinta-feira, sala Cinemark 3 do Shopping Goiabeiras
O maior mérito de Para Sempre Alice, produção independente dirigida por um casal de diretores onde um deles sofria do mal de Alzheimer, foi finalmente convencer a academia do Oscar a dar o prêmio de melhor atriz a Julianne Moore. Aqui ela faz o papel de uma renomada especialista em ciências linguísticas que passa a sofrer da doença quando faz 50 anos de idade. Consciente daquilo pelo qual ela está prestes a passar, a revelação da doença chega como um baque à família, do marido igualmente bem-sucedido (Alec Baldwin) à filha rebelde que se recusa a ingressar numa faculdade (Kristen Stewart). Baseado num livro digital de bastante sucesso, o filme consiste num olhar sério sobre essa temida doença e dá uma perspectiva pouco usual a ela - a protagonista, afinal, ainda não atingiu uma idade avançada e percebe os sintomas de sua enfermidade antes dela atingir níveis mais críticos. Ainda que o roteiro se recuse a desenvolver melhor personagens-chave da história (como o marido), tratando-a com luva de pelica e se recusando a mostrar o lado mais feio da doença, a interpretação de Moore é tocante e sustenta o filme, que do contrário teria sido muito menos eficiente diante de tema tão pungente.