Visto via Netflix em 11-DEZ-2018, Terça-feira
A existência de alguns filmes é muitas vezes inexplicável. Dada a ruindade do material, que alguém tenha investido dinheiro em algo como Paralisia (tradução tosca do título original) soa um absurdo. O filme é uma bagunça que atira para todos os lados, mas principalmente nas ideias de viagem no tempo e possessão sobrenatural. No futuro próximo, depois que o planeta foi varrido pela guerra, um grupo de rebeldes luta para conseguir a liberdade diante da organização maligna que dominou o mundo, e para isso envia dois combatentes de volta ao ano de 2017. O método de viagem no tempo é peculiar: os viajantes ficam em estase no que parece ser uma câmara fria, e suas consciências "entram" nos corpos de pessoas que estão no processo de morte. A mulher reencarna no corpo de uma jovem de 16 anos (Anna Harr), o homem reencarna num quase-clone do vampiro Angel (Mark Grossman). O primeiro problema é que, por algum motivo obscuro, a alma da mocinha não desencarna e ela acompanha seu corpo original onde quer que ele vá, influenciando a dimensão dos vivos como pode. O segundo problema é que o grupo de resistência não faz nada ou não sabe o que fazer, e os dois perambulam pra lá e pra cá enquanto a plateia perde a paciência. Aí entra em cena uma exterminadora vinda do futuro (Tiana Masaniai) com a missão de dar cabo dos rebeldes. Acreditem, o negócio fica ainda pior. Nem os filmes mais vagabundos do canal televisivo SyFy chegam ao nível aberrante de ruindade desse Paralisia.