Visto via Netflix em 20-JUL-2014, Domingo
Em 007 - Operação Skyfall, a atemporalidade do agente secreto britânico mais famoso do cinema cede um pouco de espaço ao seu próprio passado e também ao passado nebuloso da chefe de operações secretas M (Judi Dench), que é arrastada para um turbilhão de acusações e dúvidas quando ela se vê obrigada a tomar uma decisão que faz com que James Bond (Daniel Craig) seja declarado como morto em ação. Assim como é óbvio que ele não morreu, também fica claro que a ameaça que M e ele enfrentam tem uma motivação muito mais obscura que um simples plano mirabolante de dominação mundial. Afinal, quem é o bandido que roubou um disco com informações confidenciais sobre todos os agentes do MI-6? O que posso adiantar é que ele é feito por Javier Bardem, e tal qual o filme em si é uma anomalia como vilão. Ao mesmo tempo em que se mostra imprevisível, suas motivações não seriam suficientes para tamanho empreendimento de vilania e assassinato. Skyfall, o filme, não tem a mesma pegada em matéria de ação que seus antecessores na era de Daniel Craig, apoiando-se sobre um roteiro irregular que culmina num desfecho deveras anticlimático. A não ser que você seja fã de Bond, seja no cinema ou na literatura, a ênfase na relação entre ele e M é pouco para criar a empatia esperada junto à plateia, e a quantidade de zonas cinza e passagens mal-explicadas ou ignoradas incomoda um pouco.