Visto via Netflix em 22-JAN-2022, Sábado
Uma das maiores rivalidades da história do automobilismo envolveu o inglês James Hunt e o austríaco Niki Lauda, que ao longo da década de 70 competiram e disputaram alguns dos mais acirrados campeonatos da Fórmula 1. O relacionamento entre eles ganha uma representação de peso em Rush - No Limite da Emoção, um trabalho realizado com requintes técnicos impressionantes e, até certo ponto, comedido no que diz respeito às liberdades criativas associadas a filmes do tipo. Logo nos primeiros passos em categorias de base, o ambicioso e metódico Lauda (Daniel Brühl) percebe que seu maior desafio dentro das pistas é o explosivo e mulherengo Hunt (Chris Hemsworth). Sempre carregadas de muita tensão e provocação (no que consiste na maior invenção do filme, uma vez que eles eram amigos fora das corridas), a relação e o respeito mútuo construído entre ambos vai e vem entre as principais corridas de 1975 em diante. Todo o resto é periférico, dos demais pilotos concorrentes à época aos detalhes de suas vidas pessoais, com exceção de suas respectivas esposas (Olivia Wilde e Alexandra Maria Lara) e do primeiro parceiro de equipe de Niki Lauda, o italiano Clay Ragazzoni (Pierfrancesco Favino), que são de longe os coadjuvantes com mais tempo em cena. Destinado a agradar em cheio aos amantes da Fórmula 1, o filme conta ainda com uma trilha sonora de primeira linha a cargo do veterano Hans Zimmer.