Visto no cinema em 29-NOV-2007, Quinta-feira, sala 2 do Multiplex Pantanal
A declaração de amor de Robert Rodriguez ao cinema de horror underground da década de 70, parte do projeto conjunto realizado com Quentin Tarantino, é quase tudo o que seu nome evoca, no melhor sentido possível e imaginável. O filme tem sangue em profusão, uma história tão barata quanto impossível e personagens que vão do trágico ao hilário. A textura é envelhecida, impregnada por arranhões na película (artificiais, claro) e editada com os solavancos típicos das projeções de periferia. Só faltou mesmo uma boa dose de mulher pelada para a festa ficar completa. Não que eu esteja reclamando da presença esfuziante de Rose McGowan, a vítima dos zumbis que na parte final do filme tem a perna amputada restaurada com uma metralhadora dos infernos. Ela é um dos colírios (a outra é a loiraça Marley Shelton, subaproveitada) em meio à putrefação que toma conta da tela quando uma névoa verde contamina uma cidadezinha e lentamente transforma todo mundo em canibais remelentos. Atenção para as participações de Tarantino como um militar degenerado, de Bruce Willis como o disseminador da praga e da dublê de cantora Fergie sendo estripada viva numa auto-estrada.