Visto via Netflix em 17-MAI-2020, Domingo
Durante uma viagem numa espaçonave que leva mais de cinco mil pessoas para uma nova colônia em outro planeta, um acidente de percurso faz com que um dos passageiros (Chris Pratt) seja despertado de sua câmara de hibernação 90 anos antes da chegada ao destino final. Sem condições de se colocar de volta em animação suspensa, ele tenta se adaptar à cruel situação enquanto sua única companhia é um robô barman (Michael Sheen). Quando a solidão se torna insustentável, ele contempla a possibilidade de acordar alguém para lhe fazer companhia, no caso uma bela escritora (Jennifer Lawrence) por quem se apaixona. A direção do norueguês Morten Tyldum confere a este romance de ficção científica um seriedade mínima para que os aspectos mais práticos funcionem. É nas implicações morais da decisão de seu protagonista, no entanto, que Passageiros se sustenta dramaticamente, muito embora o filme não se furte a flertar com o suspense de maneira bastante contundente em sua segunda metade. Para a plateia que aprecia um escapismo de contornos intimistas, o resultado é interessante e até provocativo.