Visto via Netflix em 19-JUL-2015, Domingo
A premissa de Nacho Libre é irresistível: num mosteiro mexicano, um monge cozinheiro (Jack Black) sempre nutriu uma paixão intensa, porém reprimida, pelo colorido universo da luta livre latina, onde os luchadores se vestem com uniformes e máscaras de super-heroi. A chegada de uma belíssima irmã (Ana de la Reguera) e as dificuldades financeiras que começam a afetar a alimentação dos órfãos acabam por levá-lo a se aliar a um vagabundo (Héctor Jiménez) e se aventurar nos ringues poeirentos dos subúrbios da cidade. Batizados de Nacho e Esqueleto, as peripécias dos dois e sua trajetória rumo à liga profissional de luta livre ganham a tela com uma eficiência cômica raramente vista em sátiras do tipo. Ponto para Jack Black, que aqui se mostra um comediante perfeitamente sintonizado ao papel-título, e seu inesquecível coadjuvante Esqueleto. Por vezes hilariante e caracterizado por passagens que hoje são antológicas, Nacho Libre é também um filme bastante acessível para todas as idades apesar da proximidade de temas adjacentes virtualmente polêmicos, como violência e religião. Por muito tempo uma sequência para o filme foi ensaiada, mas infelizmente não saiu do papel.