Visto via Netflix em 31-DEZ-2019, Terça-feira
Tentativa dos estúdios Universal de criar um mundo dedicado numa releitura para seus monstros clássicos, infelizmente essa nova versão de A Múmia naufragou nas bilheterias e pôs o projeto em risco logo de cara. Acredito que o grande empecilho em adaptar os personagens clássicos para os novos tempos esteja na ênfase em ação e efeitos especiais e não no conceito original de horror propriamente dito. O resultado é um filme deveras genérico, não no nível do equivocado A Múmia de 1999 mas mesmo assim um produto que carece de alma. Na nova história, uma dupla de exploradores e ladrões de artefatos (Tom Cruise e Jake Johnson) desenterra por acidente um sarcófago egípcio em pleno solo iraquiano, o que atrai um punhado de gente estranha incluindo uma pesquisadora que eles teriam ludibriado pouco tempo atrás (Annabelle Wallis). O sarcófago abriga, na verdade, a múmia de uma herdeira caída do antigo Egito (Sofia Boutella) que volta à vida às custas da energia vital de todos que cruzam seu caminho. Cruise é amaldiçoado por ela, mas um tal doutor Jekyll (Russell Crowe) surge em cena para tentar controlar a situação. Sem tanta inspiração do clássico feito em 1932, mas sim de outros filmes como Um Lobisomem Americano em Londres e Força Sinistra, A Múmia não chega a ser um filme ruim, mas infelizmente soa como somente mais um veículo para manter a carreira de Tom Cruise em evidência.